Desbancando Mais Mitos

Continuando nossos tira-dúvidas, vamos hoje falar sobre os mitos que permeiam a saúde bucal.
A escovação em excesso prejudica a dentição.
Sim. Escovar os dentes em excesso, especialmente com a utilização de escovas duras e cremes dentais abrasivos, com o tempo causa a abrasão do esmalte dental e a retração gengival. Em relação à escovação, o importante é a qualidade e não somente a quantidade.
É bom trocar obturações antigas de amálgama por resina
Falso. Funcionalmente, as obturações metálicas bem feitas são excelentes, pois restauram a estrutura dental perdida perfeitamente, duram muito tempo . A troca por razões simplesmente estéticas deve ser avaliada cuidadosamente. É claro que, se houver a necessidade de substituição por causa da recidiva de cárie, fraturas ou qualquer outro problema, o dentista pode escolher restaurações estéticas de porcelana, cerâmicas ou de compósitos com a vantagem da estética. Entretanto, se não existirem tais fatores e as restaurações metálicas estiverem satisfatórias, poderão ser mantidas sem problemas.
Antibióticos podem causar manchas.
Sim. Entretanto, a ocorrência desse problema dependerá do remédio, da dose e de quando o antibiótico foi ingerido. As tetraciclinas, por exemplo, pertencem a uma família de medicamentos que causam o escurecimento dental se forem ingeridas durante a formação dos dentes. Isso acontece por causa de um processo, provocado pela tetraciclina, batizado quelação do cálcio presente na dentina. A intensidade da mancha vai depender muito da época e da dose em que a droga foi administrada.
Tratamentos odontológicos podem não funcionar se o paciente fuma.
Sim. Fumantes que receberam implantes odontológicos e enxertos ósseos têm uma maior chance de insucesso dos tratamentos exatamente pela maior possibilidade de infecções secundárias e redução da resposta imunológica do organismo, o que acaba prejudicando a capacidade de osseointegração. Vários estudos já demonstraram que o fumo pode ser um dos mais importantes fatores de risco de desenvolvimento, progressão e manutenção de gengivites e periodontites. Por causa destas doenças orais, os dentes apresentam exposição radicular (provocada pela perda óssea resultante da infecção periodontal), mobilidade, sangramento, resposta cicatricial e regenerativa lenta (no caso de necessidade de cirurgias orais), aparecimento de feridas na boca, presença de secreção purulenta (pela maior susceptibilidade às infecções) e dor. Também é muito comum nos fumantes a existência de halitose e xerostomia (boca seca) pela diminuição ou inibição da secreção salivar. A diminuição do paladar e olfato são outros problemas relacionados ao fumo.
 
Fonte: UOL