Infecções Orais em Pacientes da Doença Falciforme

Também conhecida como anemia falciforme, a doença falciforme é o problema hereditário mais comum do Brasil. Dados do Ministério da Saúde indicam que, anualmente, 3.500 crianças nascem com a modificação nos glóbulos vermelhos, que passam a ter o formato de uma foice. Essa doença pode causar AVCs, enfartes, problemas no baço e fígado, além de aumentar o risco de infecções bucais.
A osteomielite é uma das complicações bucais mais comuns e caracteriza-se por uma infecção grave dos ossos maxilares, que geralmente acontece após a extração de um dente realizada sem o devido preparo. Os sintomas também podem incluir a sensação de dormência prolongada e dor em áreas da face.
Por causa dos riscos, o tratamento do paciente com doença falciforme deve ser multidisciplinar. Antes do procedimento dentário, o médico hematologista deve ser consultado para examinar o estado do paciente.
Quando o paciente está estabilizado, pode-se realizar quase todo procedimento dentário (restaurações, limpezas, flúor) normalmente, exceto os que possam gerar riscos de infecção, como extrações.
De acordo com estudos, pacientes com essa doença hereditária também podem ter mais chances de desenvolver cáries e periodontites (inflamações nas gengivas). Por causa disso, a rotina de higiene deve ser reforçada. As consultas rotineiras com o dentista, que devem acontecer de seis em seis meses, são fundamentais para a prevenção de problemas.
 
Fonte: Jornal Extra Online